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Missão
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Jejum, penitência, oração
Por: Padre Wagner Augusto Portugal
 
Em   nossos relacionamentos com as pessoas, existe um ritual que nós realizamos   naturalmente, sem perceber. Por exemplo, quando queremos agradar uma pessoa a   quem amamos, fazemos-lhe carinho, dizemos-lhe palavras boas, damos a ela alguma   coisa, um objeto, um presente, que é nosso, de que nós gostamos, mas que   queremos dar a ela como gesto de amizade.
De   outras vezes, quando magoamos alguém, queremos fazer de tudo para apagar aquele   gesto impensado: pedimos desculpas, lastimamos o nosso procedimento, até que   sentimos que aquilo ficou esquecido. Nós nos penitenciamos diante das pessoas   que amamos. Penitência é um ato de amor.
No   nosso relacionamento com Deus, a penitência torna-se premente para nós. Temos   necessidade de mostrar a Ele nosso amor porque tudo o que temos vem d’Ele e é   d’Ele. Devemos mostrar-nos humildes diante d’Ele porque, sem a sua providência,   nada somos. A recepção das cinzas na fronte, durante a missa da quarta-feira de   cinzas, se feita com convicção, é um gesto de humildade muito agradável a Deus.   Precisamos também nos penitenciar ainda mais porque erramos muito, pecamos e não   correspondemos à magnitude do amor divino.
Mas   Ele é misericordioso e basta um pequeno gesto nosso em sua direção que Ele se   consome de piedade por nós.
A   penitência implica em arrependimento, dor por causa de nossas falhas e propósito   de evitá-las e confiança na ajuda de Deus. Nutre-se da esperança na sua   misericórdia. Ela se exprime de formas muito variadas, em particular, com o   jejum, a oração e a esmola. Essas e muitas outras formas de penitência podem ser   praticadas na vida cotidiana do cristão, em particular no tempo da quaresma e no   dia penitencial da sexta-feira.
A   penitência interior é o dinamismo do “coração contrito”, movido pela graça   divina a responder ao amor misericordioso de Deus.
A   prática do jejum é uma forma de penitência. A Igreja nos pede o jejum durante a   quaresma, mas podemos praticá-lo em várias situações. A propósito diz a   legislação complementar do Código de Direito Canônico que: “Quanto aos cânn.   1251: 1. Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com   solenidade do calendário litúrgico. Os fiéis nesse dia se abstenham de carne ou   outro alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de   caridade ou exercício de piedade.” Conhecemos pessoas que se privam de   guloseimas agradáveis ao paladar, colocando esse sacrifício como uma alavanca   por intenção de um ente querido.
Há   também o jejum da palavra ferina. Muitas vezes temos ímpetos de dar uma resposta   ofensiva a alguém. Mas, se nos abstemos disto, estamos praticando jejum. Somos   convidados, por fim, a jejuar de todos os sentidos como maus pensamentos, maus   olhares, maus desejos, más palavras, uso indevido de nossas mãos e de nossos pés   na busca desenfreada das paixões desordenadas.
O   repartir os nossos bens com outras pessoas é também uma maneira de jejuar. Neste   mundo consumista, queremos sempre ter e nos esquecemos de dar. É um jejum   admirável quando a pessoa se desprende do que gosta em detrimento do outro que   necessita daquilo.
Enfim,   uma penitência maravilhosa, prodigiosa é a oração. Assim como, no nosso   dia-a-dia é necessário conviver com as pessoas, falar-lhes e escutá-las, mais   ainda é preciso praticar a oração com Deus, falar com Ele e escutar o que Ele   nos diz. Não podemos limitar nossas orações a pedidos. Só queremos falar com   Deus pedindo, pedindo, pedindo...
Primeiro,   nós O louvamos pela sua grandeza e majestade infinita. Em seguida, nós devemos   agradecer a Ele tudo o que temos e somos. Depois disto, então, pedimos uma   graça, uma bênção, uma providência, um socorro. Alguém já disse que "a oração é   à força do homem e a fraqueza de Deus", porque Ele é que nos amou primeiro e   quer que sejamos felizes. Importante, muito mais importante ainda, é que nós   saibamos escutar o que Deus tem a nos dizer. Nós, na maioria das vezes, queremos   só falar, mas, como num diálogo, precisamos aprender a escutar a Palavra de   Deus.
E   Deus, na sua insondável misericórdia, nos fala de várias maneiras: através da   Bíblia, através dos acontecimentos, através da palavra de um amigo e até de um   estranho. A nossa vida é uma constante palavra de Deus. A nossa própria   consciência é a presença de Deus nos alertando sobre alguma coisa, tanto quando   praticamos um gesto nobre como quando erramos.
Até   em pensamentos podemos conversar com Deus. Ele nos deu vários caminhos para   chegar a Ele, que está de mãos estendidas para nós. Só falta abrirmos o   coração.
 
fonte site catequisar
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"O ser humano sem Deus não pode compreender a si mesmo; como, também, não poderá realizar-se sem Deus."João Paulo II