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Para início de conversa

A pergunta sobre a vocação costuma assustar e até incomodar algumas pessoas. Na linguagem popular é normal considerar que só uns poucos “tem vocação”, ou que só os padres e religiosas receberam uma vocação.

No entanto, a clarificação desta questão começa pela constatação de que todos temos “vocação”. Pois a palavra vocação vem do latim vocare (chamar), e cada um de nós é chamado por Deus a ter uma vida realizada. Alguns, certamente como padres e religiosas. Mas muitos outros como solteiros ou casados, como pais e avós, como profissionais empenhados nas mais diversas ocupações, como membros de uma família, de uma pastoral ou de uma comunidade de fé. É neste sentido que todos temos vocação, já que todos somos convidados a viver uma vida plena, onde quer que ela se realize.

Falar de vocação

Falar de “vocação” significa assim falar de busca e de procura, de tentar seguir e encontrar-se nos caminhos que levam a uma vida cheia de sentido. No ser humano, a “vida plena” coincide, por paradoxal que pareça, com a “vida plena” das outras pessoas à sua volta: “o segredo da felicidade”, dizia a fada num famoso conto infantil, “é fazeres felizes as pessoas à tua volta!”. Esta é no fundo a experiência que todos temos, do “quanto mais (te) dás, mais rico ficas” (Madre Teresa de Calcutá), constatando a verdade do que Jesus já dizia há dois mil anos: “Que o maior entre vós seja aquele que serve.” (Lc 22,26)

A vocação não é assim um privilégio ou uma característica só de alguns, mas interrogação de vida a ser respondida por todos. Interrogação que passa pela questão “Senhor, onde queres que eu Te sirva?”, que é outra forma de perguntar “Onde queres, Senhor, que eu ponha em ação a minha capacidade de amar? Interrogação que envolve um discernimento às vezes prolongado, já que poucas vezes a resposta é logo evidente.

Uma entre várias possibilidades

O discernimento da vocação passa, em primeiro lugar, por um processo de “escuta” do que Deus vai propondo a cada um. Não há receitas prontas, nem fórmulas infalíveis para chegar à resposta. Não há uma “lista de requisitos” a cumprir, como se Deus só contasse com os super-dotados. Como se costuma dizer “Deus não chama só os mais capacitados, mas sempre capacita os escolhidos”. A vocação não passa também só pelo “sacrifício”, como se Deus só se alegrasse com o mais custoso. Nem pode ser fuga ou solução alternativa para algum tipo de frustração.

Discernir a vocação coloca-se, assim, sempre entre duas ou mais possibilidades, que em si mesmas são boas. Ser padre ou consagrado não é melhor do que ser casado ou solteiro. Como ser médico não é melhor do que ser engenheiro ou artista. E que a pessoa escolha uma destas possibilidades, não significa que viesse a ser infeliz na outra. A vocação é um “encontro de duas liberdades”: convite de Deus a viver a vida como missão.

Confiar em Deus

Se o processo de discernimento é “escuta”, então torna-se essencial a confiança n’Aquele a quem escutamos, Deus e a sua vontade. Falar na “vontade de Deus” traz sempre o perigo de vê-la como predestinação ou imposição, a ser aceita com resignação ou por medo. Mas isso significaria imaginar Deus como um “tirano”, imagem muito distante da do “Pai próximo” a que Jesus se referia constantemente. Um Deus-Pai que nos quer dar “a vida em abundância”, com ânimo e alegria interior.

Também a fé, no sentido mais original hebraico, não é um conjunto de crenças ou de conhecimentos, mas é confiança, confiança na promessa de Deus. Deus nã

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"O ser humano sem Deus não pode compreender a si mesmo; como, também, não poderá realizar-se sem Deus."João Paulo II